Na cidade espanhola, foi reafirmado o compromisso com a educação para todos(as), mas dessa vez, reconhecendo a necessidade de promovê-la de modo a integrar efetivamente as pessoas com deficiência ao sistema regular de ensino.
A educação inclusiva é uma proposta para a educação de um país como um todo, sendo oferecida para pessoas com ou sem deficiência.
Isto é, trata-se de uma prática educacional direcionada para todas as pessoas, que deve garantir o acesso ao local e ao que este oferece para os(as) estudantes, independentemente de qualquer característica presente na pessoa.
Aqui, o direito fundamental à educação é garantido de modo que o sistema educacional possa se adaptar para garantir o acesso, a retenção e as devidas condições de aprendizagem para cada aluno(a). Isto serve para as pessoas com deficiência, bem como a outros grupos minorizados na sociedade, como as populações negra e LGBTI+.
O intuito não é separar os(as) alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades de superdotação, mas propor um ensino que integre todos os(as) alunos(as), tanto no processo educacional, quanto socialmente.
Considerando os(as) alunos(as) de 4 a 17 anos da educação especial no Brasil, o percentual de matrículas daqueles(as) que foram incluídos(as) em classes comuns vem aumentando gradativamente, passando de 90,8%, em 2017, para 93,5%, em 2021.
Fonte: Censo Escolar, Ministério da Educação, 2021
O que vai nortear o paradigma da educação inclusiva é a solidariedade e a equidade. Preocupa-se em como organizar o processo educacional para atender à diversidade, criando oportunidades para cada aluno(a). Os aspectos levados em conta na educação inclusiva, não são só a prática pedagógica. São também a ambientação, a organização, a qualificação do corpo docente e a gestão da escola ou instituição.